Esta UC compreende essencialmente a concretização de projectos que indiciem a criação de um território individual de trabalho e investigação.

1. Técnicas ou abordagens conceptuais adstritas à materialização dos projetos, assumindo-se uma atitude aberta e ecléctica perante os interesses e propostas individuais dos alunos, visando a eficácia dos projectos no contexto da produção contemporânea.
2. Experimentação e apropriação de novos materiais e técnicas que se venham a revelar adequados à evolução dos Projetos no contexto do percurso individual de trabalho.
3. Saber aplicaros conhecimentos, competências e técnicas adquiridos a novos contextos projetuais de forma estruturada e organizada, desenvolvendo a capacidade de articular eficazmente ideia e materialização em contextos diversos.
4. Dinamização da discussão critica e autocritica em torno dos Projetos em concretização, quer do próprio, quer dos colegas de Licenciatura, bem como de estudos de caso que se revelem pertinentes.

Numa primeira fase são tratadas algumas questões específicas do desenho: é apresentado um conjunto de enunciados configurando diversas estratégias e sensibilidades para base do trabalho do desenho. Este orientará o processo de desenho, que assumirá frequentemente uma natureza tutorial – paralelamente às outras ações pedagógicas definidas no programa da unidade curricular. Para o efeito, o aluno deverá apresentar uma proposta de trabalho para desenvolver durante o semestre, escolhendo um dos cinco enunciados de trabalho (Pele,Aquífero, Obstáculos, Cabeças, Duração). As propostas apresentadas aos alunos deverão ser desenvolvidas por estes após validadas pelo professor – alternativamente pode ocorrer uma inflexão da proposta num sentido mais conforme aos objetivos da U.C. . Os conteúdos centrais são:

1. Conhecimento das ferramentas do desenho
2. Compreensão da importância do desenho na fixação de uma intencionalidade visual
3. Uso do desenho na prossecução de um projeto autoral

1. Modernidade, Modernismo e Vanguarda
2. O Conceito de Modernidade
3. O Conceito de Modernismo
4. O Conceito de vanguarda: Estética, Ideologia, e política
5. Os movimentos modernos no início do século XX
6. O Impressionismo
7. O Expressionismo
8. O Cubismo
9. O Dadaísmo eos seus diferentes centros de irradiação
10. O Surrealismo
11. A Abstracção, diferentes entendimentos
12. O Futurismo Italiano
13. As Vanguardas Russas
14. Limites e ocaso da ideia de Vanguarda

UNIDADES CURRICULARES:

1. A Função Fotográfica
   1. Partilha de experiência prévia e interesses emergentes
   2. Identificação da urgência dos assuntos escolhidos por cada aluno e dos contextos da sua materialização.
   3. Demonstração da construção de projectos fotográficos complexos em termos de cruzamentos disciplinares.
   4. Vinculação às propostas apresentadas.
   5. Preenchimento de lacunas técnicas.
   6. Apresentações individuais calendarizadas, em contexto colectivo. Discussão colectiva em formato Critique
   7. Análise das melhores soluções de finalização de cada projecto
   8. Materialização e apresentação final
2. Atelier de Cerâmica
   1. Técnicas de modelação/moldagem em gesso, reprodução de peças cerâmicas
      1. Processos tecnológicos, e matérias-primas
      2. Modelos /matrizes, e molde em gesso para reprodução
      3. Reprodução por via liquida de peças cerâmicas seriadas
   2. Técnicas de conformação manual de peças cerâmicas
      1. Processos tecnológicos, e matérias-primas
      2. Conformação Plástica ,aplicação das técnicas da Lastra, Rolo , Modelação, e Belisco
   3. Técnicas de decoração sobre superfícies cerâmicas
      1. Processos, técnicas decorativas, matérias-primas, e materiais cerâmicos
      2. Aplicações em superfícies cerâmicas bidimensionais etridimensionais
3. Configuração e Forma
   1. O conteúdo programático será informado por quatro exercícios. O desenvolvimento dos exercícios partem de dois modos distintos, mas apesar de tudo comunicantes, de pensar a forma e a configuração. Cabe ao aluno optar por um dos enunciados a partir do qual e com o acompanhamento do docente desenvolverá o trabalho nas suas várias fases, de concepção, execução e apresentação. Durante as primeiras aulas serão leccionados módulos de carácter teórico que informam os conteúdos desta unidade curricular e contextualizam o âmbito conceptual dos dois exercícios apresentados. Neste contexto, serão abordados conceitos configuradores como o desenho, forma, espaço, tempo, matéria, corpo, trabalho manual, massa, mancha, sinal, diferenciação/desdiferenciação, mas também as diferenciação/desdiferenciação, e as noções de, ausência, processo, semelhança, projeto, carácter transparente e opaco da escultura, composição, repetição, escala, dimensão, objeto, espectador e exposição.

UNIDADES CURRICULARES:

1. Atelier de Pintura
   1. A observação e registo do mundo circundante; os modelos, os géneros pictóricos, a representação figurativa e não figurativa. Noções de Observação/Contemplação, Composição/Aleatoriedade, Representação/Construção em Pintura; as ópticas convencionais e contemporâneas.
   2. Técnicas, suportes, médios e materiais convencionais, não convencionais e experimentais; A tinta e a cor.
   3. Processo de materialização e desenvolvimento de linguagens pictóricas individuais; Obras isoladas e séries de originais.
   4. Métodos e práticas expositIvas em pintura, numa ótica abrangente e contemporânea
2. Performance, Corpo e Dispositivo
   1. Breve história da performance: as vanguardas
   2. Corpo e construção de significado: 50, 60, 70
   3. Corpo, Presença e Dispositivo: o corpo contemporâneo
   4. Performance e documentação
3. Práticas de Mediação Artísticas
   1. Diversidade e diálogos entre disciplinas artísticas
   2. Os processos criativos
   3. Artistas, públicos e instâncias de legitimação
   4. Recolha e Análise da Informação
      1. Metodologia de recolha, tratamento e análise
      2. Metodologias de análise e interpretação de obras de arte
      3. Técnicas de recolha e registo de informação
      4. Identificação e uso de fontes estatísticas
      5. Técnicas de tratamento e análise de dados
   5. Elaboração de um diagnóstico a partir da informação recolhida
   6. Articulação entre a dimensão artística e a intervenção em mediação artística e cultural

Esta disciplina compreende essencialmente a concretização de projectos que patenteiem um território próprio e lida com a produção de projectos por via de uma praxis individual orientada tutorialmente pelos docentes.

1. Técnicas e abordagens específicas para a construção de obras, adoptando uma atitude ecléctica vis a vis assuntos inerentes às propostas e interesses individuais dos alunos tendo em conta o seu projeto.
2. Experimentação e apropriação de materiais e suportes adequados à produção dos projetos e das ideias que lhe são subjacentes.
3. Aquisição e aprofundamento de conhecimentos e competências já adquiridas pelo aluno, desenvolvendo-o tecnicamente e de forma adequada na prossecução do Projecto.

Projeto de Desenho propõe um novo nível de problematização do desenho, tratando algumas das suas questões mais especificamente associadas à noção de projeto artístico. O trabalho incidirá no próprio desenvolvimento do processo de desenho, assumindo frequentemente uma natureza estruturalmente tutorial – paralelamente às outras ações pedagógicas definidas no programa da unidade curricular. Os conteúdos pedagógicos no curso desta Unidade Curricular incidem sobre:

1. Uma experimentação participada e comparativa sobre a matéria visual que constitui, na suas diversificadas manifestações disciplinares e técnicas, a matéria da produção plástica como disciplina autónoma.
2. A implementação de um percurso sustentado, entendendo o desenho como uma prática que é oficinal mas também potência experimental de resposta a uma intencionalidade plástica.
3. Um entendimento face ao que o desenho contém de contingente, mas também de construído/estruturado

1. A sociedade de massas ao espelho: a arte «Pop»
2. Da parede para o chão: o minimalismo e um novo paradigma
3. Ocupar espaço: a instalação e suas origens
4. Quando as atitudes se tornam forma»: conceptualismo e desmaterialização da obra de arte
5. A emergêcia da linguagem nas artes plásticas: dos anos 60 ao presente
6. A arte fora de si: «Land Art», Performance e «Body art».
7. Fotografia e vídeo na Arte Contemporânea
8. A condição pós-moderna
9. A Contemporaneidade: em busca de uma definição

1. Música e Artes Plásticas
   1. Aulas Teóricas:
      1. Seminário baseado no livro Musique et Arts Plastiques – Interactions au XXe siécle (1998), de Jean-Yves Bosseur.
      2. Digressão pelo índice, documentada por pesquisa na Internet.
      3. Tópicos: Teorias, generalidades e conceitos.
      4. Correspondências Sensoriais.
      5. Tempo/Espaço-interpenetrações.
      6. Experiências cinematográficas abstractas.
      7. Prática plástica e jazz.
      8. Gesto gráfico e gesto instrumental.
      9. Equivalências Estruturais.
      10. Serialismo.
      11. A Representação da Música, etc.
   2. Aulas Práticas:
      1. Estudo e performance colectiva de peças seminais.
      2. Alguns dos itens:
         1. Erratum Musicale (1913), Duchamp
         2. Ursonate (1922–1932), Schwitters
         3. 4’33’’ (1952), Cage
         4. Solo for Voice I (1958), Cage
         5. Poema Sinfónico para 100 Metrónomos (1962), Ligeti
         6. In C (1964), Riley
         7. Stripsody (1966), Berberian
         8. Beba Coca Cola (1966), Mendes
         9. Pendulum Music (1968), Reich
         10. Gestures I (1982), Bochmann
         11. Litany (1991), Harrison
         12. Vocal Act (2003), Martins

UNIDADES CURRICULARES:

1. A Linguagem das Coisas
   1. A ontologia da linguagem: A linguagem humana, a linguagem das coisas e a linguagem como sujeito.
   2. A linguagem como mediação: Nome, duplo e tradução.
   3. Práticas da oralidade: Fala, não-verbalidade, memória e afasia.
   4. Relação e crioulização: Hipersensibilidade, hospitalidade e intersubjetividade.
   5. Ser objeto: Representação, identidade e camuflagem.
2. Impressão Gráfica
   1. Definição e conceito de Gravura e Serigrafia;
   2. Materiais, instrumentos, equipamento e procedimentos;
   3. Noção de Matriz e Suportes;
   4. Epistemologia do processo;
   5. Normas de registo para Imprimir;
   6. Fundamentos conceptuais da imagem;
   7. Experimentar a interdisciplinaridade da imagem;
   8. Impressão da matriz em diversos suportes;
   9. Desenvolver o imaginário com integração de outros materiais.
   10. Normas de Edição;
   11. Resolução dos exercícios.

Laboratório de Desenho propõe um nível mais elevado de problematização do desenho, tratando algumas das suas questões mais especificamente associadas ao desenho artístico. O trabalho incidirá no próprio desenvolvimento do processo de desenho, assumindo frequentemente uma natureza estruturalmente tutorial – paralelamente às outras
ações pedagógicas definidas no programa da unidade curricular. Os conteúdos pedagógicos no curso desta Unidade Curricular incidem sobre:

1. Uma experimentação participada e comparativa sobre a matéria visual que constitui, na suas diversificadas manifestações disciplinares e técnicas, a matéria da produção plástica como disciplina autónoma.
2. A implementação de um percurso sustentado, entendendo o desenho como uma prática que é oficinal mas também potência experimental de resposta a uma intencionalidade plástica.
3. Um entendimento face ao que o desenho contém de contingente, mas também de construído/estruturado.

1. Primeiro movimento – Conceitos e imagens para uma estética da arte contemporânea.
   1. Estação 1. Identidade, comunidade, alteridade.
   2. Estação 2. Lugar, espaço, espiritualidade.
   3. Estação 3. Poder, política, democracia.
   4. Estação 4. Protesto, resistência, insurreição.
   5. Estação 5. Investigação, experimentação, projecto.
   6. Estação 6. Consumo, entretenimento, capitalismo.
   7. Estação 7. Jogo, acaso, trágico.
   8. Estação 8. Humor, ironia, desconstrução.
2. Segundo movimento – Textos e documentos para uma política da arte contemporânea.
   1. Estação 9. Situação: acção localizada, espaço público e gestos significantes.
   2. Estação 10. Participação: estética relacional, arte contextual e activismo social.
   3. Estação 11. Ética: partilha do sensível, críticas ecopolítica do necrocapitalismo.
   4. Estação 12. Utopia: transição ecológica, imaginário utópico e alternativas críticas.

a) As unidades curriculares optativas serão aprovadas pelo órgão legal estatutariamente competente.
TP: Ensino teórico-prático

UNIDADES CURRICULARES:

1. Arte e Percepção
   1. Introdução
   2. A prática artística e a perceção.
      1. Definição dos conceitos: perceção, receção e experiência.
      2. Definição de conhecimentos associados à prática: conhecimento prático; conhecimento tácito; conhecimento reflexivo.
      3. A pluralidade de práticas e a não-prática na arte.
      4. Casos de estudo.
   3. Os objetos artísticos e a perceção.
      1. Perceção e aperceção.
      2. Perceção e meta-perceção.
      3. Perceção e condições socio-históricas.
      4. Perceção e órgãos de perceção emergentes.
      5. Os objetos sem perceção.
      6. Casos de estudo.
   4. Receção e experiência
      1. A receção enquanto disposição condicionadora dos dados sensoriais.
      2. A experiência enquanto organização de dados e os dados sensoriais.
      3. Casos de estudo.
   5. Conclusão: a perceção na arte e na contemporaneidade
2. Metamorfoses
   1. Cabeleiras serpenteantes ou como tecer os fios das histórias: fixar os sortilégios da cultura oral no mundo antigo dos mitos. As Metamorfoses de Ovídio e de Antonino Liberal;
   2. Criaturas aladas, girafas albinas, figuras de alteridade: ver através do nevoeiro para revisitar a Idade Média;
   3. Os Xamanismos da Eurásia e as monstruosidades difíceis de explicar: na peugada de Bruce Chatwin;
   4. A metamorfose das plantas segundo Johann Wolfgang von Goethe e Alexander von Humboldt. Imaginários do Romantismo com epicentro em Jena;
   5. Tematizar a Androginia: em torno dos simbolismos de fin de siècle (de Fernand Khnopff a David Bowie)
   6. Do Informe segundo Georges Bataille: o Surrealismo e as suas dissidências (Michel Leiris, Hans Bellmer, Eli Lotar);
   7. O Xenomorph deH. R. Giger: Alien e os Iorubás.
   8. Mundo flutuante: Emanuele Coccia e o reinvenção do tema das metamorfoses. A utopia de um mundo dominado pelo amor inter-espécies;
   9. Sonhos de Esfinge: narrativas transformistas contemporâneas.
3. Processos de Pintura
   1. Desenvolvimento experimental prático das ideias, pesquisas e soluções conceptuais da linguagem pictórica do aluno.
   2. Processos e metodologias relacionadas com a expressão da Pintura a óleo, acrílica e guache.
   3. Experimentação técnica e plástica na preparação dos suportes para a produção pictórica.
   4. Epistemologia do processo pictórico do aluno.
   5. Suportes em tela, papel, madeira e outros.
   6. Fundamentos conceptuais da obra pictórica.
   7. Reflexão critica das obras concretizadas.
   8. Analise critica de todo o trabalho desenvolvido.

a) As unidades curriculares optativas serão aprovadas pelo órgão legal estatutariamente competente.
T: Ensino teórico

B1. Conceber um Portefólio em formato digital e suporte físico
B2. Registar, selecionar e organizar documentação dos trabalhos realizados para portefólio
B3. Identificar e catalogar obras artísticas
B4. Elaborar sinopse sobre o percurso artístico, uma obra e/ou um evento.
B5. Elaborar uma nota biográfica e CV
B6. Consideração sobre a conceção gráfica e literária de um Portefólio na ótica do artista plástico
B7. Projetar e concretizar uma maquete 3D de um projeto artístico e do seu contexto expositivo arquitetónico/paisagístico
B8. Adequar o lugar para uma obra/ uma exposição/ um evento
B9. Fazer Memória Descritiva de um projeto
B10. Conceber diferentes soluções expositivas
B11. Fazer uma apresentação pública/ publicação: dispositivos de apresentação físicos e online, incluindo ferramentas
de comunicação digital que se aplicam à criação de um website
B12.Criação de propostas a programas de residências artísticas e ou bolsas, adequadas ao contexto dos alunos finalistas.

A. Segundo movimento – Conceitos e imagens para uma ética da contemporaneidade.
Estação 1. Ficção, narrativa, imaginação.
Estação 2. Compaixão, empatia, alteridade.
Estação 3. Paradoxo, antagonismo, absurdo.
Estação 4. Herança, transmissão, conhecimento.
Estação 5. História, representação, testemunho.
Estação 6. Memória, tempo, monumento.
Estação 7. Ecossistemas, comunidade, antropoceno.
Estação 8. Manifestos, futurição, transmutação.
B. Segundo movimento – Textos e documentos para uma ecologia da contemporaneidade.
Estação 9. Natureza: vida, matéria e consciência.
Estação 10. Tempo: os passados, os presentes e o por vir.
Estação 11. Memória: a imagem, a montagem e o anacronismo.
Estação 12. Arquivo: traços, inscrições, documentos.

a) As unidades curriculares optativas serão aprovadas pelo órgão legal estatutariamente competente.
TP: Ensino teórico-prático

a) As unidades curriculares optativas serão aprovadas pelo órgão legal estatutariamente competente.
T: Ensino teórico